O que é neuromodulação ?
O que é Neuromodulação?
A Neuromodulação é um tratamento médico com tecnologia avançada que consiste em aplicar um campo eletromagnético para modificar e modular o Sistema Nervoso Central (cérebro e medula) e/ou o Sistema Nervoso Periférico (nervos periféricos) nas patologias como Doença de Parkinson, depressão, esquizofrenia, bipolaridade, Tinnitus (zumbido), Distúrbio Cognitivo, AVC, dor crônica, epilepsia, dependência química, ansiedade, distúrbios do movimento, tremor essencial, distonia, Transtorno obsessivo compulsivo (TOC), entre outras, atuando na regulação da área neuronal estimulada, inibindo ou estimulando seus neurotransmissores responsáveis por alguma função ou comportamento. A Clínica Higashi localizada no Rio de Janeiro e Londrina é pioneira no uso da tecnologia de neuromodulação.
Tipos de Neuromodulação:
Diagrama elaborado pela Clínica Higashi 2013
Neuromodulação não invasiva:
Estimulação Magnética Transcraniana Repetiva (EMTr): é uma técnica de neuromodulação não-invasiva que gera um campo magnético através de uma bobina em forma de oito ligada a um aparelho com corrente rápida repetitiva em alta frequência (10 a 30 Hz) ou corrente lenta em baixa frequência (1 a 5 Hz) que equilibra determinada região do cérebro delimitado pelo médico previamente. Trata doenças como a depressão, dor crônica, fibromialgia, Doença de Parkinson, zumbido, dependência química, alucinação auditiva na Esquizofrênia entre outras.
O vídeo abaixo mostra como é o tratamento com neuromodulação através da Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (EMTr):
O vídeo abaixo produzido pelo setor de neurologia do hospital Ambroise Paré na França, mostra como é a sessão de neuromodulação com Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (EMTr) para tratamento da dor crônica na fibromialgia.
Estimulação Transcraniana de Corrente Contínua (ETCc): é um tipo de neuromodulação que estimula o cérebro através de um campo magnético gerado por um aparelho pequeno com bateria de 9 volts, não-invasiva, indolor, simples de ser aplicada e segura. É usada para melhorar a plasticidade cerebral através de conexões neuronais, utilizada para tratar depressão, distúrbios cognitivos leves, AVC, etc.
O Vídeo abaixo explica como é utilizado a neuromodulação através da Estimulação Transcraniana de Corrente Contínua.
Eletroconvulsoterapia (ECT): é um tipo de neuromodulação embora não-invasiva, tem maior incidência de efeitos colaterais quando comparada as outras técnicas de neuromodulação não invasiva. Na eletroconvulsoterapia são provocadas alterações na atividade elétrica do cérebro através da indução de corrente elétrica, o paciente recebe anestesia geral, é induzido uma crise convulsiva durando 30 segundos a 1 minuto para aumento da atividade cortical. É realizado em ambiente hospitalar com monitoramento dos sinais vitais. Trata depressão, esquizofrenia, TOC, Bipolaridade, etc.
Terapia por Campo Eletromagnético Pulsado (PMFE): é uma técnica de neuromodulação não-invasiva, a qual é colocado um aparelho na região do corpo determinado pelo médico que gera um campo magnético de baixa frequência. o campo magnético age no metabolismo celular fazendo com que as células trabalhem de maneira mais eficiente. É utilizado para tratamento da circulação, dor crônica, regeneração de tecidos, modulação do sistema nervoso e redução da inflamação.
Foto do aparelho que utiliza a neuromodulação através da Terapia por Campo Eletromagnético Pulsado
Neuromodulação invasiva:
Estimulação Cerebral Profunda (ECP): é um método de neuromodulação invasivo, cirúrgico a qual se coloca eletrodos em regiões profundas do cérebro, como os gânglios da base, por exemplo. A estimulação cerebral foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) em 2002, como terapia auxiliar na redução de alguns dos sintomas avançados na doença de Parkinson a qual não são adequadamente controlados com medicação.
Regiões do cérebro aonde são realizadas a Estimulação Magnética Profunda.
Cirurgia de implante no córtex motor: é um método de neuromodulação invasivo cirúrgico com implantação de eletrodos através no córtex motor, geralmente utilizada para controle da dor crônica. É colocado um marca-passo na clavícula que fica ligado a eletrodos em regiões específicas do cérebro, os eletrodos emitem descarga elétrica de 10,5 volts, a qual promovem analgesia e alivio da dor.
Imagem demonstrando a colocação dos eletrodos no cortex cerebral para neuromodulação cerebral
Estimulação dos nervos periféricos invasiva: é um tipo de neuromodulação a qual é realizado cirurgia minimamente invasiva, aonde são colocados eletrodos subcutâneos (embaixo da pele) conectados a um neurotransmissor gerando uma corrente fraca contínua nos nervos periféricos para controle da dor, muito utilizada também no nervo occipital para controle da enxaqueca crônica. Uma técnica especial de estimulação do nervo periférico é a estimulação do Nervo Vago a qual consiste em colocar um gerador bipolar com marca-passo com dois eletrodos ligado a conectores para estimulação do nervo vago, depois é implantado os eletrodos em um marca-passo. A Estimulação do Nervo Vago é utilizada para tratamento do controle da epilepsia, depressão e melhora do desempenho cognitivo em pacientes com epilepsia.
Vídeo abaixo demonstra como é o procedimento de estimulação do nervo occipital para neuromodulação:
foto do nervo vago com eletrodos durante cirurgia e aparelho e eletrodos para a estimulação
Estimulação medular invasiva: É um tipo de neuromodulação a qual através de cirurgia é colocado um implante com eletrodos na região da medula espinhal gerando uma pulsação de corrente contínua fraca a qual gera analgesia. É utilizado para controle da dor crônica. É uma técnica invasiva feita em ambiente hospitalar.
Eletrodos sendo colocados na medula espinhal
Benefícios da Neuromodulação:
1) Opção não medicamentosa para tratamento a longo prazo de condições pré-existentes ou crônicas.
2) Importante grau de controle terapêutico pelo médico, não causando danos ao sistema nervoso.
3) Na técnica não invasiva praticamente isento de efeitos colaterais, e nas técnicas invasivas os efeitos colaterais são muito menores quando comparado aos procedimentos cirúrgicos padrões.
4) As técnicas não-invasivas não geram prejuízo cognitivo, pelo contrário, aumenta as conexões neuronais.
5) Não é preciso interromper o tratamento medicamentoso quando se inicia a neuromodulação.
6) O tratamento é definido individualmente e personalizado para cada paciente, ou seja, o ajuste de cada técnica é personalizado para cada paciente.
7) Os aparelhos de neuromodulação podem ser reajustados de acordo com a necessidade de cada paciente ( ex: aumentando a intensidade, frequência e etc).
A Clínica Higashi é especializada em neuromodulação não-invasiva através da Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva e a Estimulação Transcraniana de Corrente Continúa. Indicamos, caso necessário, também as técnicas invasivas de neuromodulação, de acordo com a necessidade individual após consulta especializada.
Maiores informações sobre Neuromodulação entre em contado com a Clínica Higashi: tel. (21) 3439-8999 (Rio de Janeiro) ou (43) 3323-8744 (Londrina)
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