Estimulação Magnética Trascraniana (EMT) no tratamento da depressão refratária
Estima-se que cerca de 15 a 20% da população mundial, em algum momento da vida, sofreu de depressão. A depressão é mais comum em pessoas com idade entre 24 e 44 anos. Mas também afeta as crianças e adolescentes com problemas de separação dos pais, problemas na escola, rejeição e principalmente Bullying. A depressão tem maior ocorrência em mulheres, sendo o dobro da ocorrência em homens(1).
O estado depressivo diferencia-se do comportamento triste ou melancólico que afeta a maioria das pessoas por se tratar de uma condição duradoura de origem neurológica acompanhada de vários sintomas específicos. Ou seja, depressão não é tristeza. É uma doença que tem tratamento.
As causas da depressão (também chamada de depressão maior) são inúmeras. Acredita-se que a genética, alimentação, stress, estilo de vida, separação dos pais, rejeição, drogas, problemas na escola e outros fatores estão relacionados com o surgimento ou agravamento da doença.
Pesquisas mais recentes têm demontrado que a depressão é caracterizada por áreas específicas cerebrais que estão em baixa atividade (hipoativas). A hipoatividade cerebral em áreas específicas cerebrais leva aos sintomas próprios da depressão como tristeza, disânimo, sentimento de culpa, pessimismo, dor no corpo e etc(2).
O avanço da tecnologia na área da neurologia (especialidade que tratada as doenças relacionadas ao sisterma nervoso central) desenvolveu a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) para o tratamento da depressão, estimulando diretamente áreas cerebrais que estão disreguladas no quadro de depressão.
Veja o video abaixo exibido no canal da record sobre o tratamento da Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) no controle da depressão:
O uso da Estimulação Magnética Transcraniana no tratamento da depressão esta indicada para aqueles pacientes que estão em uso, ou já fizeram uso de medicação antidepressiva mas não obtiveram alívio satisfatório dos sintomas, ou para aqueles que apesar de obterem boa resposta com a medicação antidepressiva, sentem os problemas dos efeitos colaterais da medicação como aumento de peso, dificuldade de concentração, queda da libido, conseqüências que alteram a vida social do paciente. Estes efeitos colaterais são muito mais comum com o aumento da idade(3).
A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) é uma nova técnica capaz de estimular o cérebro, com algumas vantagens sobre as já existentes. A EMT é indolor, não-invasiva, simples de ser aplicada e, mais importante ainda, é considerada de baixo risco para pesquisas em seres humanos. Essa nova ferramenta tem sido proposta para ser usada no tratamento de diversas doenças neurológicas e psiquiátricas – inclusive no tratamento da depressão. A EMT pode atuar na depressão balanceando a assimetria inter-hemisférica entre o lobo pré-frontal esquerdo e direito, observada na depressão maior.
Veja reportagem realizada sobre o uso da Estimulação Magnética Transcraniana no tratamento da depressão pelo Hospital da Universidade de Harvard nos EUA:
A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) pode ser uma alternativa ou um complemento do tratamento da depressão mas cada caso deve ser avaliado em particular, levando em conta a saúde global e a necessidade individual de cada paciente(4).
Para mais informações sobre o tratamento da depressão com Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) fique a vontade em ligar para nosso setor Clínica Neurológica e Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) da Clínica Higashi no Rio de Janeiro no tel. 21-34398999 e Londrina no tel. 43-33238744.
Leitura Complementar:
1. TENG, CT, et all. Depressão e comorbidades clínicas. Rev. Psiq. Clín. 32 (3); 149-159, 2005.
2. AARRE, T.F.; DAHL, A.A.; JOHANSEN, J.B.; KJONNIKSEN, I.; NECKELMANN, D. – Efficacy of repetitive transcranial magnetic stimulation in depression: a review of the evidence. Nord J Psychiatry 57:227-32, 2003.
3. Boechat, Raphael B e Pereira, Joaquim BN. Transcranial Magnetic Stimulation in depression: results of bi-weekly treatment.Rev Bras Psiquiatr 2004;26(2):100-2.
4. AVERY, D.H.; CLAYPOOLE, K.; ROBINSON, L. et al. – Repetitive transcranial magnetic stimulation in the treatment of medication-resistant depression: preliminary data. J Nerv Ment Dis 187:114-7, 1999.
Produzido por:
Andrea Nunes Higashi
Coordenadora de Educação e Pesquisa da Clínica Higashi – Neuroestimulação e Neurologia Rio de Janeiro e Londrina