Efeito dos hormônios a nível cerebral
O cérebro é rico em receptores hormonais, em função disto, em casos específicos e de maneira bem indicada, por exemplo em casos de deficiência, podem auxiliar na qualidade de vida em pessoas que sofrem de doenças neuro-psiquiátricas como depressão, fadiga e perda da memória.
Alguns exemplos, a falta do hormônio tiroxina (T4) pode causar perda de memória, apatia e letargia. A terapia com testosterona em pacientes com deficiência pode melhorar o libido, humor, energia e memória. O hormômio de crescimento (gh) em adultos com deficiência, pode ajudar o cansaço, interação social, sentimento de confiança e qualidade de vida. A reposição de estradiol em mulheres com deficiência tem ação na melhora do humor, memória e disposição. O hormônio dehydroepiandrosterona em doses específicas tem ação antidepressiva assim como o hormonio triiodotironina (T3) pode ser uma alternativa complementar, ao tratamento medicamentoso antidepressivo, assim como o hormônio melatonina tem ação na indução do sono.
Tipos de hormônios que podem estar em deficiência no organismo:
Hormônios tireoidianos: exitem dois principais hormônios tiroidianos a Tiroxina (T4) contém 4 atómos de iodo e a Triidotironina (T3) tem 3 atómos de iodo em sua estrutura molecular, este último é a forma ativa do hormônio da tireoide. Os hormônios tireoidianos, amentam o fluxo sanguíneo dos nossos orgãos e tecidos, controlam a taxa metabólica basal, os movimentos peristálticos do intestino, temperatura corporal, função cognitiva e respiração celular. A sua deficiência leva a sintomas cerebrais como apatia, lentidão, depressão pela manhã, pensamentos e reações lentas, baixa concentração e dificuldade de aprendizado e sintomas físicos como o edema ( mixedema). Estudos demonstram que a reposição de Triiodotironina (T3) pode ajudar na remissão da depressão em pacientes resistentes ao tratamento antidepressivo medicamentoso, mesmo em pacientes sem hipotiroidismo. Nossa produção de tiroxina em condições normais é ao redor de 80 a 100 mcg/dia e de triiodotironina ao redor de 20mcg/dia, ambas produzidas na tireoide , entretando, no caso da triiodotironina uma outra parte, ao redor de 35 mcg, é produzida principalmente no fígado pela conversão periférica de Tiroxina (T4) em Triiodotironina (T3)
A melatonina é um neurohormônio produzido pela glândula pineal do cérebro que tem como função principal de induzir sono, apesar da melatonina ter pouco efeito na fase profunda do sono (REM), ela pode ajudar na fase inicial de relaxamento do sono e da musculatura, com isso tornando o sono melhor, além deste efeito na qualdiade do sono a melatonina também tem uma ação anti-oxidante cerebral, ajudando na proteção do stress oxidativo cerebral, relacionado a uma série de doenças neuropsiquiátricas como depressão. Entre outras ações da melatonina podemos destacar sua ação em diminuir os níveis do cortisol (hormônio relacionado ao estresse) e aumentar a conversão do hormônio da tireoide T4 em sua forma ativa o T3. A falta da melatonina pode levar durante à noite um estado de ansiedade e insônia inicial. Nossa produção natural de hormônio melatonina é ao redor de 30 a 100 mcg por dia.
O GH (hormônio de crescimento) tem a função de regular o funcionamento das células do sistema muscular, ósseo e estímulo cerebral. A reposição deve ser feita quando seus níveis estão baixos já que sua deficiência em adultos leva a baixa qualidade de vida, cansaço, fraqueza, depressão, tendência ao isolamento social. O IGF1 ou somatomedina C é o hormônios relacionado a ação do hormônio do crescimento no organismo, ele diminui diretamente a diminuição do hormônio de crescimento do organismo. A mulher normalmente tem 20% a menos da produção de IGF1 em relação ao homem, isto porque a testosterona , presente 20 x mais no hormem, é um estímulante natural do IGF1. A partir dos 30 anos, ocorre uma queda dos níveis de IGF1 no organismo ao redor de 1 a 2 % ao ano. O homem ou mulher ao redor dos 25 anos produz aproximadamente entre 0,5 a 1 mg de IGF1 por dia.
A Testosterona é um hormônio produzido pelos testículos principalmente e tem sua produção diminuída com o envelhecimento e está presente nos homens e em menor proporção nas mulheres. Sua deficiência leva a perda da autoconfiança, indecisão, depressão crônica, excessiva ansiedade, irritabilidade, medo, emoções excessivas, excessiva sensibilidade às dificuldades, baixa resistência ao stress, preocupações desnecessárias.
O Estrogênio e a Progesterona estão presentes em maiores quantidades nas mulheres, nestas o Estrogênio é produzido pela placenta e ovários é considerado um neuroprotetor, estimula o crescimento do osso na adolescência e seu fortalecimento ósseo na fase adulta. A deficiência leva a fadiga, depressão e perda da memória subjetiva. A Progesterona nas mulheres também é um hormônio produzido principalmente no ovário e pode atuar na parte física e emocional, em mulheres com deficência pode ajudar na melhora do sono e ansiedade, ajuda ainda na prevenção da osteoporose. Sua deficiência causa irritabilidade especialmente durante o período pré-menstrual.
O DHEA (dehydroepiandrosterone) é produzido apartir do colesterol principalmente pelas glândulas adrenais. Nos homens sua deficiência está relacionada a fadiga e diminuição do humor. Nas mulheres, leva a diminuição do desejo e satisfação sexual. Além disto estudos demonstram que o hormônio DHEA têm ação anti-depressiva podendo até ser uma alternativa ou complemento aos medicamentos antidepressivos, dependendo de cada caso.
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